sábado, 7 de maio de 2011

Solidão (Soneto sem metro)




À Dayanne Nicolau Cruz.





Mulher de música linda, mas silente.


Entoa pelo firmamento, a frigidez


Do ar, do céu, até a lua com palidez,


Tornam-se com força assaz plangente.





Ela canta com amor verdadeiramente,


Sua voz favo,


Ó a canção com lividez,


E às notas, ela solfeja com nitidez


Uma cantiga, Ó tristemente!...





Incessante Ode a melancolia, afasia


Tenho defronte a essa criatura,


Que só canta a negra desventura.





Em cada nota e rima é uma agonia,


Não aplaca a dor do nosso mundo,


Mas ela me encanta por profundo!





Por: Ivanes Freitas

2 comentários:

  1. Envolta pela belas palavras do poeta Ivanes, denota muita coisa do que ela é, mas, antes de tudo, esse silêncio que é revolto de emoções guarda uma emancipação que transformam-se em palavras; É a medida desmedida, a agonia eufórica que emana pelos poros da lingua da poesia, de tudo e muito mais; sempre com um quê de muita coisa a nada mais...

    Day, a menina mulher , mulher-menina.

    Cordialmente,
    Do seu esquecido amigo;

    Giordano Bruno de La'Marques

    ResponderExcluir
  2. 'belas palavras do poeta Ivanes' Grato pelas palavras, meu amigo. Dayanne, uma poetisa por exelência, merece não só um Soneto irregular, mas uma epopéia ao gênero grego.

    ResponderExcluir